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Palmito ganha embalagem de papel para durar mais.



Revestimento comestível

Uma nova tecnologia de embalagem está prestes a beneficiar tanto consumidores quanto produtores de palmito pupunha: a embalagem de vidro será substituída por um caixa feita de papel cartão.

Diferente do armazenamento em recipiente de vidro, o palmito é banhado em uma solução filmogênica, que cria uma película que protege o alimento. Esse revestimento é comestível e não altera aparência e sabor do produto.

A substância química, que substitui a salmoura nos potes de vidro, aumenta o tempo de vida do palmito de seis para 22 dias.

Tecnologia brasileira

A técnica foi desenvolvida pelo Instituto Nacional de Tecnologia (INT/MCT), do Rio de Janeiro, em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que já estudava melhorias para as condições do produto.

A embalagem foi concebida com uma variedade de papel cartão. O interior é revestido de verniz e a parte externa de filme plástico, que impedem a absorção de umidade.

“Escolhemos o cartão para produzir a embalagem por facilitar o transporte do produto, além de ser economicamente mais viável. Apesar de o vidro ser muito utilizado, o material é pesado e torna o frete mais caro para o produtor”, diz o pesquisado da Divisão de Desenho Industrial do INT, Luiz Carlos Mota

Novos mercados para o palmito

Segundo o INT, o objetivo do projeto é fazer com que o produto chegue a mais mercados. Com mais oferta e demanda, o preço do palmito pupunha pode reduzir. “A intenção é transferir tecnologia para que os próprios produtores desenvolvam as embalagens”, afirmou Mota.

O novo prazo de validade possibilitará também a ampliação do mercado de exportação do alimento.

Embalagens para alimentos

Este ano, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) investirá R$ 7,5 milhões para que o INT desenvolva embalagens para outros alimentos, como o caqui, a manga, o mamão e outras variedades de palmito.

Nos primeiros testes com o caqui, fruto que é colhido em apenas quatro meses do ano, o prazo de validade para consumo dobrou.

Fonte: Redação do Diário da Saúde